Tecnologia inspirada no cérebro processa mais e gasta menos

Avanço nos testes com o processado Loihi comprovam a rapidez com menos gasto energético da computação neuromórfica em relação a computação digital.
  • Por Redação Techpost
  • @redacao
  • 01 junho, 2022
  • 1 min de leitura
Foto: getty images
Desde o final da década de 80 tem sido falado sobre a computação neuromórfica. O termo cunhado por Carver Mead, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), diz respeito ao desenvolvimento de computadores que se comportam de forma semelhante ao cérebro. Os estudos fazem parte das pesquisas em computação inspirada pela natureza, a Biomimética (bio-inspired computing), e têm sido focados em características especiais do cérebro humano como, por exemplo, o desempenho elevado e processamento com baixo gasto de energia.
Agora, cientistas da computação conseguiram demonstrar de forma mais efetiva que a computação neuromórfica realmente tem menos gasto energético que a computação tradicional. Por meio de um experimento realizado por pesquisadores da Universidade de Tecnologia Graz, na Alemanha, que permitiu essa averiguação de forma mais direta, foi relatada a maior eficiência energética do processador Loihi, fabricado experimentalmente pela Intel.
Durante o experimento, o Loihi consumiu entre 4 a 16 vezes menos energia que o processador eletrônico no processamento de frases. Os pesquisadores afirmam que essa eficiência será ainda maior na próxima geração do hardware.
Entusiastas da tecnologia preconizam que esse será o novo padrão de hardware utilizado pela Inteligência Artificial (IA), já que há uma demanda infinita e crescente de dados que precisam ser armazenados e classificados. No entanto, a computação digital, que tem alto grau de precisão e é bastante utilizada, não será eliminada. O objetivo é que a computação neuromórfica seja uma nova ferramenta para a construção de processadores mais potentes.
Inovações biomiméticas como essas estão ganhando o mundo e em breve alcançarão o mercado, com produtos que gastam menos energia. No Brasil, diversas áreas têm investido e ganhado destaque com o desenvolvimento de tecnologias baseadas na natureza, como, por exemplo, o Nucleário voltado para a área de restauração florestal, que foi ganhador do prêmio Ray of Hope Prize, em 2018, do Biomimicry Institute, devido ao seu design baseado na mi.

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