Nina Silva, recebe prêmio como a mulher mais disruptiva do mundo
Reconhecida pela Women in Tech Global Awards, a brasileira Nina Silva é fundadora do Movimento Black Money e da Fintech D’Black Bank e mostra o potencial do Brasil no campo da tecnologia.
- Por Redação Techpost
- @redacao
- 11 novembro, 2021
- 3 min de leitura
Brasileira Nina Silva recebe premio Women in Tech Global Awards
A cerimônia onde Nina Silva recebeu o prêmio de “mulher mais disruptiva do mundo” , aconteceu em Portugal, e deu destaque a jornada de mulheres no mundo da tecnologia com o objetivo de diminuir a desigualdade de gênero presente na área.
A organização Women In Tech atua desde 2018 e está presente em mais de 100 países, o principal objetivo é oferecer mais oportunidades para as mulheres na área da tecnologia, que é um mercado historicamente masculino, trazendo muitos desafios para as mulheres dessa área.
Formada em administração e especialista em tecnologia de informação, Nina é presidente e uma das cofundadoras do Movimento Black Money e da Fintech D’Black Bank.
Também foi considerada pela Forbes uma das 20 mulheres mais poderosas do Brasil, e em ambos os projetos, a brasileira trabalha com a intenção de entregar liberdade econômica para a comunidade negra e acredita que a tecnologia é para “todes”, apesar de ainda estar em “regime de manutenção de poder em poucas mãos”.
“É preciso ampliar as oportunidades para que não tenha apenas uma mulher negra com um prêmio desses no país […] tanto meninas quanto meninos negros precisam de maior integração na tecnologia.” Nina Silva, ganhadora do prêmio da Women In Tech
Nina Silva é uma das fundadoras do Movimento Black Money
Uma plataforma de fortalecimento da comunidade negra no Brasil, o Movimento Black Money permite a conexão entre consumidores e empreendedores negros de diversas áreas do mercado. Com isso ele consegue criar oportunidades de negócios e ajuda o crescimento financeiro dessa população, atuando diretamente na representatividade dessa população por muitos marginalizada.
O objetivo do movimento é empoderar a população negra brasileira e valorizar a negritude, além de atuar no mundo dos negócios e comércios, o projeto possui ainda a Afreetech uma plataforma educacional, que busca democratizar o ensino de tecnologias e mídias para empreendedores e jovens.
“O Movimento Black Money é um fomentador para o desen- volvimento do ecossistema do empreendedorismo negro. Tendo como principal função estimular o Mindset inovador de empreendedores e jovens negros para a criação de diferen- ciais competitivos no mercado.” Nina Silva, fundadora do Movimento Black Money
A Fintech D’Black Bank oferece "Produtos financeiros desenvolvidos de preto para preto”
Atuando também com o objetivo de empoderar a comunidade negra, a fintech D'Black Bank oferece serviços financeiros 100% digitais que entregam taxas justas e possuem incentivos sociais e projetos educacionais. Além disso, a Fintech é um negócio de impacto social que busca justiça econômica e fomenta o Mindset empreendedor e de inovação nesta parcela da população e um movimento de liberdade econômica,
“DBB é o instrumento revolucionário para libertação real da comunidade negra após 130 anos da farsa abolicionista.” Nina Silva
Os negros são ainda uma maioria - em números - tratada como minoria. Só no Brasil 54% da população é negra, sem contar com a população que se autodeclara “parda” e ainda são a maioria em situações de vulnerabilidade social e dentro do sistema carcerário. O DBB é um banco que se volta para essa maioria gerido por pessoas negras, e é extremamente importante para a economia de um país que busca a igualdade.
“O empreendedor negro possui crédito reprovado 3 vezes mais que o empreendedor branco, mesmo sendo 50% dos donos de negócio no país. D'Black Bank é desenvolvido por negros que vivenciam as mesmas dores do público alvo.” [...] "Não preciso pedir inclusão, bater na porta de alguém. Entendi que preciso construir meus próprios castelos." Nina Silva, Fundadora D'Black Bank
Iniciativas como essas agem diretamente em pontos da nossa sociedade que estão adoecidos com dores que precisam ser sanadas, e mostram principalmente que ainda é possível tornar esse mundo um lugar melhor.
As mulheres ainda enfrentam inúmeras dificuldades no mundo da tecnologia - e em tantas outras áreas da sociedade. Mas felizmente existem muitas “Ninas” que trabalham no Brasil empoderando populações vulneráveis através da tecnologia e provando que ela pode ajudar a transformar o mundo.
Na LAB acreditamos que a diversidade e a inclusão podem ser poderosas por conta própria, mas somente quando combinadas, as organizações podem alcançar os resultados desejados. Muitas faces da nossa sociedade precisam ser transformadas para que as pessoas que sofrem por questões sociais, de raça, de gênero, ou orientação sexual, condições físicas - e muitos outros - possam ter um futuro melhor.
Por Redação Techpost
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