O poder transformador das edtechs no Brasil

As edtechs ocupam lugar de absoluto destaque entre as startups no Brasil e vem mostrando que podem gerar impacto positivo na educação e na economia do país.
  • Por Redação Techpost
  • @redacao
  • 15 julho, 2022
  • 4 min de leitura
As edtechs possuem um poder transformador
Faça um exercício rápido: relembre sua época de escola, os cadernos, canetas, canetinhas, mimeógrafos e máquinas de xerox, as salas de aula com carteiras em fileiras e quadro negro. Relembre também o comportamento geral dos alunos: anotando tudo o que o professor escrevia no quadro, sem grandes outras fontes de conhecimento - ou ferramentas - além dos livros disponíveis na biblioteca e os conteúdos da TV.  
Agora, me diga: você consegue imaginar a nova geração ou mundo atual tão voltado para a tecnologia, se enquadra nesses métodos tradicionais? Pensar que hoje esse método funcionaria com eficácia é quase impossível, por isso novas formas e aprendizados mais modernos e tech estão complementando e adequando os antigos formatos.  
E é aí que entram as edtechs, fruto da junção dos termos em inglês, Education (educação) e Technology (tecnologia) — elas estão em toda a parte, aparecem no material de realidade virtual, no apps, nas plataformas de ensino digital, nos cursos online, na gamificação do ensino e de outras várias maneiras que estão mudando a forma como a educação está sendo desenvolvida.
Em resumo, as edtechs são startups focadas no desenvolvimento de soluções tecnológicas para a educação, tendo o mercado impulsionado a partir do início dos anos 2000 - em 1997, nos Estados Unidos, quando foi criada a primeira edtech, a Blackboard Inc., empresa que foi pioneira no uso do LMS (Learning Management System). Assim, podemos dizer que as edtechs têm por objetivo reinventar os métodos de aprendizado, e, por meio da tecnologia, revolucionar o sistema educacional
A pandemia do Corona-Virus impulsionou e gerou ainda mais demanda para a área.
No Brasil, por exemplo, o número de edtechs cresceu 26% apenas durante a crise sanitária, é o que mostra um levantamento realizado pelo CIEB (Centro de Inovação para a Educação Brasileira) e pela Abstartup (Associação Brasileira de Startups do Brasil), que considera dados coletados entre 2019 e 2021. Segundo o balanço, há pelo menos 566 edtechs ativas no mercado de educação do país.
Como resultado disso, as edtechs já representam 5,7% das startups de maior destaque no Brasil, as chamadas Emerging Giants (“Gigantes Emergentes”, em tradução livre), segundo análise realizada pelas empresas Distrito e KPMG.
A pandemia, porém, também escancarou os grandes desafios que as edtechs enfrentam no país. Alguns problemas de infraestrutura podem impactar e atrasar o desenvolvimento do setor. Segundo um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 4,8 milhões de estudantes brasileiros não tiveram acesso ou abandonaram o ensino regular durante a pandemia, mostrando que os velhos problemas de estrutura e desigualdade social serão grandes obstáculos para um crescimento ainda maior das edtechs em terras brasileiras.
O grande investimento feito por empresas privadas no setor - um relatório da Distrito, referente aos investimentos em startups no ano de 2021, mostra que no total, as startups brasileiras receberam um investimento total de US$ 9,8 bilhões (mais de 50,4 bilhões de reais) - precisa estar aliada com o poder público para que o processo de digitalização e inovação educacional seja capaz de promover inclusão digital em toda a comunidade escolar, não só para os mais privilegiados. 
Em maio deste ano, pela primeira vez no Brasil, as secretarias municipais de educação utilizaram o Marco Legal para Startups (MLS) para contratar startups do segmento de edtechs para implementar inovações que permitam reduzir as lacunas de aprendizagem e melhorar a gestão escolar. As tecnologias educacionais serão inicialmente aplicadas em 35 escolas dos municípios de Domingos Mourão (PI), Guaramiranga (CE) e Igarassu (PE), durante um período de oito meses, envolvendo 12.000 alunos do ensino médio. Um ainda tímido, mas encorajador avanço.
Parece bem óbvio que nada substituirá o ensino tradicional por completo, mas definitivamente o sistema de aprendizado não será o mesmo. Haverá mais ferramentas para os professores continuarem ensinando e levar a educação para as regiões mais remotas.
Daqui pra frente, a tecnologia desenvolvida por essas startups voltadas para edtechs, irão moldar o comportamento dos estudandes, professores, gestores educacionais e, por que não dizer, do mundo corporativo. Ultrapassando assim, as barreiras que hoje limitam e muitas vezes impedem a oferta de uma educação de qualidade para todos. 
As edtechs têm a oportunidade de introduzir uma nova maneira de pensar e desenvolver o estudante, além de personalizar e explorar o potencial de cada um deles. E esse é o motivo de empreendedores estarem investindo cada vez mais nesse setor, transformando o mercado e criando modelos de negócios bem sucedidos e lucrativos, que além de impactar positivamente os índices educacionais, vão contribuir com o desenvolvimento econômico do país.
ícone do Techpost
Por Redação Techpost

Inscreva-se para a inovação

Receba as últimas notícias sobre inovação direto na sua caixa de e-mail.
Seus dados estão protegidos conosco. Conheça nossaPolítica de Privacidade
Feito por humanos comem SP, Brasil © 2021 Techpost, Techpost Logo e Laborit Ltda e Laborit logo são marcas registradas.
Olá! Leu até aqui? Você se preocupa com os mínimos detalhes, mesmo. A gente também. Por isso o time Techpost/Laborit está sempre trabalhando para fazer a plataforma digital de trabalho perfeita para você ;).
O Techpost, a Laborit e Lab são marcas proprietárias que operam o site https://techpost.com.br, onde você pode encontrar informações sobre nossos produtos e serviços e as últimas novidades do mundo da tecnologia. Estes Termos e Condições do Site descrevem os direitos e obrigações de um usuário ou visitante não registrado do site (“usuário” ou “você”) em relação ao uso do Site.
Ao acessar ou usar o Site de qualquer forma, incluindo como um visitante não registrado, você concorda em obedecer a estes Termos do Site e à nossa Política de Privacidade, que está disponível no Site.
Estes Termos do site se aplicam apenas ao seu uso do site e do conteúdo nele disponibilizado ou por meio dele, como um usuário ou visitante não registrado do. Se você usar ou acessar qualquer um de nossos serviços baseados na web de acesso restrito (ou seja, aqueles que exigem um login), a nossa plataforma, produtos, programa de referência ou outros serviços que fornecemos, o uso de tal espaço, serviços ou programa está sujeito aos termos e condições que você recebeu e aceitou quando se inscreveu nesse espaço, serviços ou programa.
De vez em quando, podemos fazer modificações, exclusões ou acréscimos ao Site ou a estes Termos. Seu uso continuado do Site após a publicação de quaisquer alterações aos Termos constitui aceitação dessas alterações.
Coletamos informações sobre seus dispositivos e sua localização, e seu uso de nossos serviços, incluindo por meio de cookies, pixels, web beacons, registros e outras tecnologias da Internet.
Você pode ler mais sobre como utilizamos as Informações Pessoais que são coletadas clicando no link conheça nossa Política de Privacidade.
Referências a “você” nesta Política, “você” significa qualquer pessoa que use nossos sites, aplicativos ou outros serviços. Se você é um funcionário ou candidato, a Política de Privacidade do Techpost e da Laborit para Dados Pessoais de um funcionário ou um Candidato, explica como usamos as Informações Pessoais no contexto de nossa relação empregatícia com você.
Se você é um funcionário ou candidato que usa nossos serviços, esta Política explica como coletamos, usamos e divulgamos suas Informações Pessoais no contexto de seu uso de nossos Serviços.