Estudo ainda mostra mulheres com poucas oportunidades no ramo de tecnologia
Uma pesquisa da YouGov Global Profiles mostrou que mulheres seguem como minoria no setor de tecnologia no mundo.
- Por Jamis Gomes Jr.
- @jamis-gomes
- 16 março, 2023
- 2 min de leitura
Estudo ainda mostra mulheres com poucas oportunidades no setor de tecnologia
Desde já, dados do YouGov Global Profiles apresentaram que pouquíssimas mulheres representam a quantidade total de trabalhadores no ramo de Tecnologia da Informação (TI) e telecomunicações.
Em relação à América Latina, apenas 6% das mulheres estão na indústria. No Brasil, por exemplo, 7% delas trabalham no ramo. Confira mais a seguir.
Brasil está acima da média mundial no ramo de tecnologia
Em todo caso, uma pesquisa do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) informou que o número de mulheres no setor cresceu 60% nos últimos cinco anos. Ao todo foram de 27,9 mil para 44,5 mil em 2019.
Em outras palavras, as mulheres representam cerca de 20% dos profissionais de tecnologia do Brasil hoje. Dentro disso, de modo geral, inclusive no ramo Ciência e Tecnologia, a tendência é que ocupem mais espaço que os homens nos próximos anos, segundo a pesquisa.
Quais os maiores desafios das mulheres no ramo de tecnologia?
A saber, uma pesquisa da Michael Page destacou as principais razões para haver menos mulheres líderes no ramo e são elas:
- 38% falta de inscrições por parte das mulheres;
- 37% falta de oportunidades para as mulheres;
- 25% escassez de talentos femininos com o conhecimento exigido;
- 17% falta de experiência necessária para ocupar o cargo.
Alguns outros pontos são relevantes nesse reflexo do mercado. Falta de incentivo é um deles, pois muito mal ingressar em cursos superiores para tal, as mulheres o fazem atualmente. De fato, em cursos como Engenharia da Computação os homens ainda são maioria.
Sem dúvida que salários estão em pauta há anos entre os gêneros e nesta área não é diferente. Em suma, segundo uma pesquisa da Revelo, a diferença de salários entre homens e mulheres na área de tecnologia era de 22,4% em 2017 e passou para 12,4% em 2019. Quem gostaria de se dedicar o tanto que seu colega de trabalho e receber menos apenas pelo gênero?
Além de ser um viés negativo, impede que o mercado tenha mais mulheres nas lideranças do setor. Por conseguinte, menos chances do mundo ter exemplos como Mira Murati, CTO (Chief Technology Officer) da OpenAI, que tem contribuído no desenvolvimento de importantes inovações e já citada aqui no TechPost.
A importância da inclusão rumo equidade
Só para exemplificar, uma pesquisa da WITSA (Aliança Mundial de Informações sobre Tecnologia e Serviços) indicou que 9 trilhões de euros no PIB global podem ser gerados com mais mulheres na indústria.
Não é balela a necessidade de diversidade, isto é, a equidade é fundamental para garantir o crescimento das empresas. É preciso estimular a diversidade com educação diária nas empresas e isso passa pela:
- Inclusão de assuntos relacionados à tecnologia desde cedo;
- Acesso à informação e qualificação;
- Criação de bolsas de estudos para mulheres na tecnologia.
Por fim, um trabalho coletivo que aproximem os lados, pois da mesma forma que diferentes gerações podem se ajudar, gêneros opostos podem e devem correlacionar ideias em benefício mútuo. Afinal, o único auxílio-desemprego mais seguro do mundo é a competência. Portanto, cedo ou tarde elas chegarão nos lugares que merecem, quer queira, quer não, homarada.
Foto destaque: Divulgação/ThisisEngineering RAEng /Unsplash
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