Adobe-Figma: acordo bilionário pode ser bloqueado
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) supostamente se prepara para abrir um processo de bloqueio na fusão Adobe-Figma.
- Por Jamis Gomes Jr.
- @jamis-gomes
- 02 março, 2023
- 2 min de leitura
Adobe-Figma: acordo bilionário pode ser bloqueado
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) supostamente se prepara para abrir um processo de bloqueio na fusão Adobe-Figma.
Nesse sentido, segundo o DOJ, o acordo de US$ 20 bilhões anunciado no ano passado é anticompetitivo. Confira mais a seguir.
Adobe e Figma
Antes de mais nada, a Adobe foi fundada em 1982. Em síntese, a empresa tem se concentrado na criação de software para desenvolvimento de multimídias:
- gráficos;
- fotografia;
- ilustração;
- animação;
- multimídia/vídeo;
- imagens em movimento e impressões;
Salvo os conhecidos Adobe Photoshop, Illustrator, Acrobat Reader e o PDF.
Em seguida, o Figma surgiu em 2012. A saber, um programa de software para design de interface colaborativa que possui função off-line no Windows ou macOS.
O Figma se concentra na colaboração em tempo real. Enfatiza a interface do usuário e design da experiência do mesmo. Isto é, usa uma variedade de editores de gráficos vetoriais e ferramentas de protótipo.
Por que o acordo Adobe-Figma pode ser bloqueado?
Por certo, o principal motivo é baseado na lei Anti-trust. Em outras palavras, trata-se de proteger a competitividade em benefício dos consumidores.
A lei cria incentivos de operações empresariais lucrativas. No entanto, exige custos baixos e padrões de qualidade. Dentro disso, três estatutos dão margem para uma suposta ação:
- Sherman Antitrust Act — quando não pela superioridade de seus bens ou serviços, os monopólios de empresas são ilegais no mercado.
- Clayton Act — proíbe fusões e aquisições que reduzam a concorrência e aumentem preços ao consumidor.
- Federal Trade Commission Act — o Federal Trade Commission Act também proíbe práticas comerciais desleais.
Enfim, fato é que os EUA costumam aplicar regras financeiras em tudo. Não apenas no teto salarial ou excesso de compras em benefício próprio, como também nos esportes americanos.
Qual o impacto que a fusão Adobe-Figma traz no mercado de design?
Acima de tudo, o que se espera dessa fusão é um aceleramento de criatividade na web. Visam promover o design de produtos, além de inspirar comunidades globais de criadores, designers e desenvolvedores.
Diante das barreiras judiciais desse negócio, tanto a Adobe quanto a Figma se pronunciaram. De tal forma que, em um comunicado, a Adobe criticou a ideia de que o acordo é anticompetitivo.
A empresa afirma que as duas empresas estão olhando para mercados distintos. O Figma também divulgou uma nota, reiterando a razão da fusão.
“O Figma é líder em design de produtos interativos. Isto é, focada na construção de uma plataforma colaborativa. A Adobe é líder no espaço de ferramentas criativas. Ou seja, ajudamos milhões de usuários a criar um conteúdo visual incrível.De fato, nossa fusão é para ajudar milhões a transformar sua produtividade com criatividade. — disse a Adobe.”
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"O Figma está reinventando o design de produtos. O poder das ferramentas colaborativas na Web para equipes em todo o mundo. A Adobe fornece ferramentas de ponta que capacitam as pessoas em todos os lugares a expressar sua criatividade."
"Nossa fusão tem o potencial de criar um enorme valor para os consumidores. Esperamos seguir assim, visto que o foco é nos benefícios que esta fusão pode trazer." — reforçou a Figma.
Foto destaque: Divulgação/Ably
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