Make it new

  • Por Arthur Piccolo
  • @arthur-piccolo
  • 22 maio, 2023
  • 2 min de leitura
iStockPhoto
Os designers do Vale do Silício se tornaram líderes em todos os novos domínios: interação, comportamento, compreensão dos hábitos, usabilidade e design de produtos. Como tal, eles estavam livres para explorar a ergonomia dos primeiros computadores, softwares e calculadoras, hardware de todos os tipos em um esforço interdisciplinar de engenheiros e designers que se concentraram não apenas em quais produtos construir, mas fundamentalmente em, como os usuários utilizariam esses produtos.
As restrições e tradições anteriores não se aplicavam. Anos atrás da moderna interação homem-máquina com telas inteligentes e pequenos computadores de bolso com a capacidade de processamento milhares de vezes superior que a CPU (AGC) do computador que ajudou a humanidade tocar o solo lunar, os designers de produto do Vale, precisavam lidar com limitações de hardware daquele momento e explorar campos ainda desconhecidos, sem muitos dados ou testes A/B sobre o assunto, tudo muito experimental e arriscado, algo impensável para qualquer startup dos tempos de produto atuais.
<Data for nerds: Na CPU AGC estamos falando de incríveis 87 KHz, ou cerca de 87 mil ciclos/segundo de operação que essa máquina processava. Um iPhone 12 moderno é capaz de processar trilhões de operações, funcionando à 3 GHz na CPU A14, segundo dados da Apple. />
Pode imaginar como foi o processo de concepção de produto da calculadora científica HP-35 (esquece seu iPhone), essa HP é um dos gadgets mais incríveis da engenharia, produto e design (peça fundamental do meu museu particular). Na fundação de Silicon Valley, em Hewlett-Packard, um novo pensamento de como construir produtos e atender as necessidades das pessoas começava ganhar forma. É curioso que esses "designers" desajustados tenham sido a fagulha que gerou toda era moderna como conhecemos de "inovação". Vale lembrar que o mesmo o Design Thinking veio tempos depois desse epílogo. Essas pessoas criaram um novo campo de experiências interativas ao fundir engenharia, ciências humanas e o design tradicional.
Vivemos na pós-modernidade experimentando o efeito direto dessa abordagem. Temos que lançar novas funcionalidades diariamente, produtos e serviços precisam atender as mais variadas necessidades, proporcionar experiências e resolver problemas diários. Temos que consumir mais e sempre o mais novo. Em essência, esse é resultado final desse campo estabelecido pelos product designers nos primórdios do Vale, ou origem da inovação.
Se você gostou desse conteúdo e deseja conhecer um pouco mais dos pilares de produto e design observados em Silicon Valley, recomendo o livro do Sr. Barry M. Katz - Make it new (referência dessa publicação) uma abordagem incrível dessa momento único da história da computação, design e engenharia.
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Por Arthur Piccolo
CPO
Ciência de Dados
Design
Inovação

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