Open Banking como a padronização e compartilhamento dos dados financeiros das pessoas

O Open Banking está entrando na terceira fase no Brasil e ainda deixa algumas dúvidas. Essas mudanças podem contribuir para o crescimento da economia no Brasil em tempos de COVID. O Pix já alterou a maneira que as pessoas e empresas se relacionam financeiramente, e o Open Banking promete ainda mais inovações.
  • Por Redação Techpost
  • @redacao
  • 27 agosto, 2021
  • 6 min de leitura
Foto de Andrea Piacquadio no Pexels

O mercado financeiro antes das mudanças do Open Banking

Atualmente, o sistema financeiro - bancos, instituições financeiras etc. - é formado por sistemas centralizados de bases de dados repletos de intermediários em busca de rendimentos, altas taxas e obstáculos.
Dessa maneira, os juros chegam para os clientes, seja pessoa física ou pessoa jurídica, a altos preços.
O modelo de funcionamento do sistema bancário está passando por mudanças rápidas nos últimos anos. Os avanços da tecnologia permitiram que as instituições financeiras adotassem métodos mais flexíveis e meios de funcionamento mais inovadores.
Esse é o caso, por exemplo, dos bancos digitais e das Fintechs. Essas empresas contam com as vantagens de novas tecnologias para manter operações com foco em ambientes digitais e planos flexíveis.

As Fintechs ganham espaço

Nos últimos anos, quanto mais integrada com tecnologia a empresa for, mais ela ganha espaço no mercado. A tendência de ter tudo de forma tecnológica e integrado com a internet, de modo que esteja na palma das mãos, está mais aparente com a chegada à fase adulta das gerações que nasceram em um contexto em que a internet faz parte das suas vidas.
As empresas que trabalham com foco em tecnologia têm ganhado mais espaço no mercado brasileiro, um exemplo desse fenômeno são as Fintechs, StartUps de finanças. As Fintechs trazem uma série de inovações, que neste meio estão cada vez mais comuns. Mas, e se a inovação desta vez fosse sistêmica? E se fosse feita para mudar todo o mercado?
Recentemente percebemos que os usuários e clientes, principalmente no Brasil, estão bastante relaxados quando falamos de permitir compartilhamento de dados. A problemática de privacidade e cibersegurança tem começado a ser uma questão para as pessoas, muitos que consideram a privacidade acabam optando por Fintechs no lugar de sistemas tradicionais.

O que é Open Banking?

O open banking promete otimizar os processos no mercado financeiro e melhorar a experiência dos usuários. Ele revoluciona um dos ativos mais importantes dos bancos: os dados do cliente
A ideia do Open Banking já está sendo aplicada em todas as instituições que buscam formas de criar serviços mais inovadores e eficazes. Esse novo formato dá mais agilidade e uniformidade aos procedimentos adotados pelos bancos.
O foco agora é no usuário que detém o controle de seus dados. As vantagens que essa abertura possibilita para os clientes aparecem principalmente pela competitividade entre as empresas.
Simplificadamente Open Banking se refere ao processo de usar APIs para abrir dados dos usuários para terceiros. Isso possibilita que esses terceiros criem, desenvolvam e distribuam seus próprios produtos. O montante de capital guardado deixa de ser o que endossa o valor das financeiras, que passam a ser endossadas pelos dados.
A indústria bancária vai precisar desenvolver sistemas mais rigorosos em busca de consentimento para compartilhamento de dados dos usuários.
O mercado de serviços financeiros já anda nessa direção de abertura de dados em todo o mundo, seja na Europa, na Ásia, na China, e até nos Estados Unidos.
Os bancos poderão oferecer aos usuários, investimentos e produtos baseados em análises mais completas do que as de hoje.
As Fintechs que criam e desenvolvem os produtos vão ter o uso de seus produtos aumentando e consequentemente, as margens de lucro.

O que o Open Banking muda no mercado financeiro?

Idealizado pelo Banco Central do Brasil, este novo modelo permitirá a todas as instituições financeiras cadastradas compartilharem os dados de clientes umas com as outras, de acordo com a liberação de cada cliente. Na prática, o histórico de um usuário será aberto a outros bancos, a pedido dos próprios usuários, que deterão este poder em suas mãos (ou telas).
Os interesses por trás da ideia de compartilhamento de dados são bons e tendem a gerar valor para a sociedade. A competição dentro do mercado financeiro, propulsora de todos os grandes mercados, agora possibilita ainda mais o crescimento de empresas que focam nos interesses de seus clientes.
Nos últimos dias, o Brasil entrou na segunda fase do open banking, assim, tornou-se possível o compartilhamento de dados dos usuários com os bancos, buscando as melhores ofertas entre taxas e demais serviços. Através disso, o Banco Central pretende unificar uma plataforma, para que as empresas criem produtos e propostas personalizadas, desenvolvidas de acordo com o perfil de cada cliente, com o fornecimento dos dados sendo feito pelos próprios usuários.
A chegada desse novo recurso permite que as taxas de juros sejam mais baixas para pessoas com boa reputação no mercado, trazendo uma vantagem para bons pagadores.
Seguindo o princípio que o cliente tem total controle, a contratação é realizada através da plataforma, com o mesmo escolhendo quais dados e com quem deseja compartilhar. Todos os processos são realizados de forma 100% online e diretamente pelos aplicativos e internet banking das instituições financeiras.
Após a implementação da segunda fase, os projetos para a terceira etapa incluem transações de pagamento, principalmente através do Pix, além da liberação de ofertas de crédito.
Já na fase seguinte, que recebeu o nome de Open Finance, o compartilhamento de dados continua, porém, direcionados a seguros previdência, fundos de investimentos e demais operações.
A chegada do open banking traz diversas facilidades aos usuários dos serviços bancários, tornando possível a busca por melhores ofertas, de encontro às suas necessidades. Para as instituições financeiras, proporciona a criação de propostas modulares, podendo assim ofertar serviços mais assertivos aos seus clientes e como consequência, trazer diversos perfis para dentro da instituição financeira.
O Open Banking pode contribuir para o crescimento da encomia no Brasil, principalmente, em tempos de COVID
O novo modelo força as instituições financeiras tradicionais a serem mais competitivas, já que os novos e menores bancos geralmente significam menores custos, mais tecnologia, e melhor atendimento ao cliente.

Fases de Implementação do Open Banking no Brasil

O open banking terá seu início por completo no ano de 2022, como previsto pelo Banco Central. Para viabilizar o consentimento prévio do cliente para compartilhamento dos dados citados, o processo deve ser conduzido proporcionando uma experiência simples, eficiente e segura para o cliente. Este processo teve início, agora caminhamos para a terceira fase.
Terceira fase, prevista para 30 de agosto de 2021: esta etapa envolve a iniciação de pagamentos e vai conectar o Open Banking ao pix - Sistema de pagamentos instantâneos brasileiros. Ou seja, se refere aos dados relativos aos serviços de iniciação de transação de pagamento e de encaminhamento de proposta de operação de crédito.
Quarta (e última) fase, prevista para 15 de dezembro de 2021: é referente aos dados de produtos e serviços e de transações de clientes relacionados com operações de câmbio, serviços de credenciamento em arranjos de pagamento, investimentos, seguros, previdência complementar aberta e contas-salário.
Em 2022 ainda estão previstas mudanças até o Open Banking estar em total funcionamento.
Estamos construindo algo além do futuro do dinheiro - estamos reinventando a nossa relação com o pertencer, propósitos e pessoas. Ressignificar a jornada de consumo é devolver algum senso de liberdade para que a sociedade moderna tenha oportunidades mais acessíveis e assim, poder obter as melhores condições financeiras para realizar os seus sonhos.Aqui na Laborit acreditamos no poder da inovação para mudar o mundo, e nada mais inovador do que as mudanças que o Open Banking se propõe a fazer. Essas mudanças beneficiam pequenos e médios negócios, além de cada um de nós. Assim vamos reinventando o mundo.
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